Nuvem Cinza e Ovelha Negra

O Mau-humor Bem humorado.

domingo, junho 25, 2006

Nunca diga nunca!



Nunca mais eu bebo. Todo mundo fala isso um dia. É tão certo quanto todo mundo faz necessidades! Quem não fala isso é porque não bebe, e quem não bebe (nem nunca bebeu) não está vivo. E se não está vivo, está morto! Daí, fica meio difícil falar isso mesmo. Mas o que nos leva a fazer promessas falsas, que sabemos que não vamos cumprir? O que nos leva a jurar pela coroa de Santa Brígida, que nunca mais iremos beber? Tenta passar uma noite biritando que, com certeza irá achar a resposta! Passar a noite biritando - definição: Começar a beber às oito horas da noite, indo direto até às três horas da manhã. Piora a situação se estiver em um lugar apropriado pra dançar. Daí você fica lá no meio da pista, aproveitando aquele cambaleamento devido ao elevado nível de álcool no sangue, fingindo que quase caindo é uma dança. Você dá uma checada nas pessoas ao seu redor, e logo encontra alguém interessante (dizem que quando se está bebado, as pessoas ficam 25% mais bonitas, né?).No escuro e bebado, você vai pra um cantinho mais reservado (leia-se, mais escuro ainda!) pra dar uns malhos. O súbito repouso te faz sentir tonto, e fecha os olhos, tentando tirar uma concentração do meio do estômago pra não vomitar na boca da pessoa, enquanto esta fica beijando o seu pescoço, achando que você tá de olho fechado e com a cabeça caída pra traz de tanto prazer. Vai embora pra casa andando, andando mal, diga-se de passagem. Se for mulher então, fica parecendo uma traveca bêbada, que não consegue se equilibrar no salto e fica com a maquiagem toda cagaaaada. Deita na cama, dorme na hora, e no dia seguinte acorda com aquele gosto de corrimão de pensão na boca e com a perna doendo. É por isso que sempre prometemos "Nunca mais eu bebo". Nunca mais até o sábado que vêm!

sábado, junho 24, 2006

Nuvem Cinza e Ovelha Negra


Parece que tem uma tempestade de trovões dentro da sua cabeça de tanto que aquelas veinhas, que ficam dos lados da sua testa, estão pulsando. É normal, é do cotidiano, é comum, mas não deixa de ser foda. Acorda cedo, numa manhã fria, daquelas que parecem estar implorando para continuar debaixo do edredon, na sua cama quentinha. Se levanta, mas mesmo apesar de todo o esforço, se atrasa. Sai correndo na sua rua, sem prestar atenção em nada, e pisa na bosta do cachorro daquela vizinha pentelha, fofoqueira, "do lar", que não tem outra preocupação às 7 horas da manhã, a não ser levar aquele poodlezinho viadinho pra passear (e não tem outra diversão, exceto a de deixar a rua minada para o pobre coitado que passar desatento). Perde o ônibus, mas chega no trabalho... Leva esporro do chefe. A vida vive nos sacaneando. E é uma coisa tão óbvia, tão na cara, que se torna hilariante. Só resta soltar, num misto de aceitação e revolta, um beeem sonoro: "É foda!".